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quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

A demografia e a política da erotização no Brasil


A muito tempo o Brasil é conhecido como o país do Carnaval, porém, como tudo na história da humanidade, isso também tem um motivo. Para entender porque o Brasil tem a fama de país do sexo livre no exterior primeiro precisamos entender como a população se reproduz ao longo dos tempos, pois um fator pode influenciar diretamente o outro.
No tocante à reprodução humana podemos afirmar que a população tende a se reproduzir mais em épocas de conforto econômico, e tende a se reproduzir menos em épocas de problemas econômicos (vide guerras, grandes desastres naturais etc). O Brasil, assim como o mundo, teve um surto de crescimento na taxa de natalidade a partir do fim da Segunda Guerra Mundial ("baby boom"), pois de certa forma, melhoraram as infraestruturas seja no tocante à educação, à saúde e ao saneamento básico em todo mundo (ou em parte dele).
Porém, esse surto foi sufocado pela crise do petróleo de 1973. Como afirmado, em época de problema econômico, as taxas de natalidade diminuem. Porém, na década de 90, com a volta da democracia e a implantação de um modelo neoliberal o Brasil começou a se reestruturar economicamente (o que só viria a acontecer cerca de uma década depois).
É aqui que entra um fator histórico nesse país. Aqui sempre ouve por parte da maioria dos governantes a ideia de que o país cresce quando a população também cresce. Por isso grandes taxas de natalidade sempre foram bem vistas por parte dos nossos governantes. Porém, a partir do governo FHC, quando a moeda se estabilizou e a economia estava mais organizada e preparada para encarar o capitalismo moderno (estado enfraquecido, privatizado e portas abertas para multinacionais) o fenômeno da taxa de natalidade começou a declinar.
É sabido que o fenômeno da natalidade segue a lógica econômica do país, mas existe outro fator que influencia diretamente esse crescimento populacional, é o pensamento da mulher moderna, que prefiro chamar de revolução das mulheres. A mulher moderna tende a ter o nível educacional mais elevado que o homem nesse momento histórico no Brasil. Atrelado a esse fator ainda existem os métodos anticoncepcionais que dão o poder à mulher dela escolher o momento certo para reprodução. Ainda existe o fator do trabalho, pois a mulher moderna por ter mais educação está ocupando aceleradamente os cargos que antes não ocupavam. Quanto a evolução do trabalho feminino existem pensadores que atrelam sua existência à evolução do nível educacional das mulheres, já outros afirmam que sua evolução na tomada de cargos e postos é devido aos seus salários serem mais baixos que os dos homens e, por terem as mesmas qualidades no tocante ao trabalho, se tornam funcionários menos dispendiosos para a empresa.
Então, sabendo dessa evolução econômica do país e atrelando a ela a revolução das mulheres, temos uma taxa de crescimento em decréscimo. É aqui que entra a chamada política da erotização precoce no Brasil. Justamente na década de 90 já tínhamos uma geração erotizada devido à década passada já existirem programas infantis com apresentadoras vestindo roupas extremamente curtas e gestos e danças nada pedagógicos. Os programas infantis com apresentadoras vulgares iniciaram uma geração que cresceu extremamente erotizada nesse país. Junto a esses programas surgiram também os grupos de axé com dançarinas usando shorts minúsculos e cantando letras de músicas extremamente alusivas ao sexo. Era comum ver crianças dançando e cantando sucessos como "Pau que nasce torto nunca se endireita" ou "segure o tchan". Na época do carnaval, uma dançarina dançava nua, apenas com parte de seu corpo pintado em rede nacional na tv para todas as crianças verem e em todos os horários. Pura alusão ao sexo.
Pode parecer caretice, mas não é. A Psicologia afirma que a personalidade de uma criança é formada pelo que ela copia dos pais e do mundo. Se ela vive em um mundo erotizado, ela tenderá a se erotizar precocemente. Aqui entra outro fator importantíssimo que é o consumo. Uma criança erotizada se adaptará mais rapidamente à chamada ditadura da beleza e consequentemente tenderá a consumir mais e mais cedo, tudo que o capital deseja. Porém, o fator mais importante é a tentativa de acelerar o crescimento das taxas de natalidade no país, pois, mais pessoas, mais mão de obra,  mais exército de reserva na força de trabalho e menos problemas na previdência social.
Por fim, dados todos esses fatores, podemos afirmar que, a política da erotização precoce do brasileiro pode estar diretamente relacionada com as taxas de natalidade e o crescimento econômico no Brasil além da sua fama internacional como o país do sexo. O capital usando dos meios mais sórdidos possíveis consegue se perpetuar no espaço e no tempo, destruindo os pilares da ética social por meio da mídia e apelando para influências psicológicas até mesmo na formação de uma geração, que, crescida e porque não dizer "cevada", irá consumir mais e reproduzir cada vez mais o consumismo.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

História da industrialização brasileira e os novos impostos sobre carros importados


Economicamente pode-se afirmar que, até o momento, o Brasil teve quatro grandes fases: unicamente agrário; economia voltada para mineração; com indústria de bens não duráveis e agricultura voltada para a exportação do café; industrializado com bens duráveis e com agroindústria exportadora. Cada uma dessas fases teve suas peculiaridades, mas, em nenhum momento da história o Brasil teve tantas possibilidades quanto a que se vive atualmente.

Brasil agrário exportador:
Primeiramente, o Brasil enquanto império tinha sua economia totalmente voltada à agricultura exportadora, seja de cana-de-açúcar, algodão ou até mesmo café (no fim do segundo império). Aqui, até a vinda da família real (1808), era proibido de se produzir bens industriais pois o Brasil era mera colônia de Portugal e a metrópole não queria concorrência com seus produtos.


Brasil voltado para Mineração:
Esse é o momento em que são descobertas riquezas minerais onde hoje se encontra o estado de Minas Gerais (1709-1789). Praticamente a economia açucareira entra em declínio com a concorrência na América Central forçando a economia a voltar-se totalmente para a mineração. Aqui ocorre o marco inicial do desenvolvimento da Região Sudeste do país. Logicamente, ouro e prata não brotão em árvores e chegaria o momento em que as riquezas acabariam. Esse momento ocorreu na transição do primeiro reinado para o período regencial.

A república, o início da industrialização e o café:
A vinda da família real (fugindo de Napoleão) permitiu um primeiro avanço no Brasil em termo de produção independente. As manufaturas estavam liberadas e isso fomentou as economias locais. Mesmo assim a industrialização só começou a ocorrer com os incentivos do Barão de Mauá, que, além de iluminar o Rio de Janeiro, ainda construiu as primeiras ferrovias do Brasil no fim do segundo reinado.
Esse momento de transição de império para república marca o nascimento da industrialização brasileira, que só iria alavancar na Era Vargas. Porém, essa indústria brasileira foi tímida por várias décadas pois o Brasil teimava em centralizar sua economia em um único commodity, o café.
Mas o "rei café" sucumbe à crise de 29 forçando o Brasil a investir definitivamente na industrialização. Alguns fatores ajudaram a nossa industrialização, como as guerras mundiais que fomentaram a chamada política de substituição de importações. Essa política consistia no seguinte: A classe média e alta brasileira estavam acostumadas com o luxo dos produtos vindo do exterior (eletrodomésticos, carros etc.), mas as guerras mundiais fizeram os países da Europa deixarem de produzir  tais produtos. O Brasil tinha que produzi-los para abastecer seu mercado interno, e assim o fez.
Vargas ainda investiu pesadamente na indústria de base brasileira (Petrobras, Companhia Siderúrgica Nacional, vale do Rio Doce etc.) mas, mesmo com todos esses investimentos, nossa indústria ainda não era de ponta. A maioria da nossa produção ainda era de bens não duráveis.

Brasil com industrialização definitiva e agronegócio:
Para mudar essa situação Juscelino Kubitschek permite a entrada de multinacionais montadoras de automóveis no Brasil e esse é o marco de uma nova era que começaria a absorver tecnologia de fora e produzir bens duráveis de alta qualidade. Estava instaurado o modal rodoviário como matriz de transporte no Brasil (o que aumenta o custo Brasil até hoje).
Com a crise de petróleo em 1973 os governos militares investem no Pró-álcool e na nova fronteira agrícola, implantando no Brasil o agronegócio (agricultura que usa: maquinário de alta tecnologia, biotecnologia, defensivos agrícolas e tem sua economia voltada para exportação). O Brasil cresce muito com essas atitudes e com o controle da inflação com o Plano Real a economia finalmente se estabiliza.

Momento atual e o aumento dos impostos sobre os carros importados:
Como se vê, o Brasil teve que percorrer uma longa trajetória para chegar ao patamar que está hoje, o de um país industrializado, com agricultura exportadora de alta tecnologia, participante do BRIC (grupo de países emergentes com Brasil, Rússia, Índia e China), com a possibilidade de se tornar o 6º maior produtor de petróleo do mundo (caso as expectativas sobre o pré-sal estejam corretas), acolhedor dos dois maiores eventos esportivos do mundo (jogos Olímpicos e Copa do Mundo de futebol) além de não sofrer grandes impactos com a atual crise econômica mundial.
Hoje o Brasil, estando nessa realidade econômica, pode barganhar economicamente junto à outros países. A notícia de que serão aumentados os impostos sobre automóveis importados é extremamente satisfatória para o país, afinal, se é do interesse de algum país vender seu automóvel no Brasil (que apresenta um ótimo mercado consumidor), que produza-o aqui gerando emprego e renda para os brasileiros. Outro fator importante dessa vinda de montadoras para o Brasil é a assimilação de tecnologias pela nossa mão-de-obra.
Em suma, o Brasil já tem moral para se impor sobre outras economias, afinal, somos o seleiro do mundo na produção de alimentos e temos uma economia estável com grande mercado consumidor. Já estava mais que na hora de iniciarmos nossas queixas histórias para com as atitudes das economias estrangeiras. O mundo tem que aprender a respeitar o Brasil se quiser uma parcela do nosso mercado consumidor.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

A volta do Keynesianismo


É interessante como a economia se transforma e ao mesmo tempo continua com as mesmas características do passado. A história econômica no século XX se mostra como um efeito "sanfona", se expandindo e retraindo ao longo das décadas.
Se analisarmos o início do século, o Fordismo - usando das máximas do Taylorismo - vinha produzindo em massa superabastecendo o mercado. Porém, esse tipo de produção viria a ruir em meados da década de trinta com a crise de 29. Até então reinava o Liberalismo, que pregava a não intervenção do Estado em setores econômicos. Essa não ação do Estado culminou na maior crise econômica do século até então vivenciada.
Hoje sabe-se que essa crise ocorreu não só devido ao sistema Fordista, mas também pela ausência do Estado naquele momento. John Maynard Keynes em seu livro Teoria geral do emprego, juro e da moeda já afirmava que, para os Estados Unidos saírem da crise era necessária a intervenção estatal no sistema econômico. E assim foi uma das soluções para a crise de 29.
Porém, o mundo não pôs fim ao Liberalismo, este agora viria de uma forma metamorfoseada, chamado de Neoliberalismo. A crise do petróleo de 1973 mudou o sistema de produção de vez implantando o Toyotismo e a produção Just in time nas fábricas. Ou seja, a mudança foi forte no setor produtivo, mas nem tanto no setor econômico pois o Liberalismo ainda persistia - mesmo que de forma diferente.
O setor produtivo começou a se expandir pelo mundo. A América Latina já estava preparada pra receber o Neoliberalismo, afinal, as ditaduras lá implantadas tiveram esse propósito. A produção se expandiu pelo mundo criando um sistema fragmentado, que busca por leis ambientais menos rígidas, salários baixos e mercado consumidor. Em países que não dispunham de tecnologias e que possuíam potencial consumidor (antigos subdesenvolvidos) foram feitas privatizações das estatais buscando a modernização dos setores energéticos e de telecomunicações, enfraquecendo o Estado e o deixando somente responsável - algumas vezes - pela indústria de base.
Demorou mas conseguiu-se o que os países centrais queriam. Países como o Brasil por exemplo, estavam com sistemas energéticos e de telecomunicações privatizados, funcionando. Podiam importar os produtos dos três eixos econômicos (EUA, Japão e UE) e exportar suas matérias primas eficientemente. A década de 90 foi muito boa para os países centrais, mas nem tudo que é bom dura para sempre. Os ataques terroristas do 11 de Setembro iniciaram a nova crise nos EUA e posteriormente no mundo. Os setores de aviação e turismo ruíram em instantes nos EUA. Por tabela muitos americanos perderam suas rendas e por isso não puderam pagas as hipotecas dos imóveis recém comprados e liberados para o mercado subprime. Esse evento tornou-se um efeito cascata em todo mundo. Bolças de valores despencaram a níveis alarmantes e a oferta de crédito no mundo todo caiu como consequência da crise.
É nesse momento que o título desse texto vem à tona. O Keynesianismo atua  de forma mais rápida do que atuou na crise de 29. O governo americano libera bilhões no mercado como forma de reaquecer a economia. Outra forma do Estado vencer a crise são as obras faraônicas. A construção civil tem o poder de reanimar a economia, afinal demanda muita mão-de-obra e produção de matérias-primas. Trabalhador com dinheiro na mão irá consumir e por tabela irá fomentar a produção nas industrias. No Brasil, para desviar a falta de crédito no mercado, o governo cria os Bancos Populares jorrando dinheiro na mão da população mais abastada de capital.
Atualmente a crise mundial ainda persiste, mas as ações do Keynesianismo - agora chamado de Neokeynesianismo - ajudam a superá-la. O Brasil tem três grandes diferenciais que podem ser muito bem aproveitados nesse momento colocando o país numa posição de destaque mundial. O primeiro é a realização da Copa do Mundo e das Olimpíadas, que demandam obras que irão substancialmente mudar a estrutura das principais cidades brasileiras além de servirem como ações keynesianas contra a crise mundial. O segundo fator é o diferencial energético brasileiro despontando como um dos países de maior potencial na produção de energia limpa com o etanol, o biodiesel, a energia eólica e a hidroeletricidade. Por fim ainda temos a cartada final que é a descoberta do pré-sal, que poderá elevar o país como um dos maiores produtores de petróleo do mundo.
Em suma, temos tudo para fazer desse país um novo Brasil. Temos um amplo território, climas diversificados que ajudam diversos tipos de produção agrária, potencial energético, potencial hídrico e eventos mundiais que promoverão não só o desenvolvimento urbano mas também um sustentáculo para a crise mundial. O que precisamos agora é somente de vergonha nas nossas caras, para ao invés de lutarmos em torcidas organizadas de futebol, marchas da maconha ou coisas do tipo, lutarmos pelos pilares da sociedade que são: divisão de renda, reforma agrária, saúde e educação de qualidade.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Análise do trabalho infantil no campo

A problemática do trabalho infantil no Brasil vem desde as origens deste país. De início, o Brasil sobreviveu às custas da economia açucareira, e esta baseava sua produção no trabalho servil, escravista. Dessa lógica pode-se imaginar o quanto a criança brasileira negra e escrava sofria. Seu sofrimento perdurou por muito tempo. Muito sangue foi derramado durante estes quase cinco séculos de escravidão. Somente à partir do fim do século XIX  e início do século XX foi que se começou a pensar em leis trabalhistas para adultos. Somente nos anos 90 é que o ECA foi criado e tinha, em teoria, os argumentos legislativos de proteção para com as crianças e adolescentes.
Porém, o Brasil já é famoso por ser um país de leis bonitas e nenhuma ação. Em 1992 as estatísticas mostravam dados alarmantes sobre o trabalho infantil nas lavouras de cana-de-açúcar. Nesta época quase 30% dos trabalhadores campais eram formados por menores de idade. Essa realidade era claramente observada pela realidade econômica pelo qual o país passava. Em 1992 o país vinha nascendo novamente. Saindo de anos de estagnação política e porque não dizer, dando os primeiros passos após longos anos de uma prisão filosófica, intelectual. O Brasil tinha uma economia travada por uma moeda fraca, por falta de tecnologias que impulsionassem a indústria, por não ter investimentos na educação e por uma agricultura ultrapassada sem poder de concorrência com a agro-indústria que se espalhava pelo mundo.
No campo, as crianças eram obrigadas a trabalharem junto aos seus pais para poderem melhorar a renda da família, afinal, a escola não lhes parecia uma boa saída para aquela situação. Porém, a situação começou a mudar no país do Carnaval. Apesar de muitos serem contra, ocorreu uma onda de privatizações que "enxugaram" o Estado brasileiro. O Brasil começou a se adequar aos interesses do capital estrangeiro modernizando suas estruturas internas. Essas mudanças chegaram também ao campo, que teve que se aperfeiçoar para a expansão na nova fronteira agrícola. Surgia a agro-indústria brasileira renovada, baseada na alta tecnologia empregada na produção dos produtos agrários, na biotecnologia, nos inseticidas e pesticidas mais evoluídos tecnologicamente.
A nova agro-indústria brasileira impunha novas mudanças no sistema empregatício. Uma indústria que quer produzir mais precisa investir em sua mão-de-obra, e por isso as crianças começaram a serem descartadas do campo gradativamente. O ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) apesar de ser descreditado pelo povo brasileiro, ajudou nessa retirada da criança do campo. Outro fator importante dessa luta contra o trabalho infantil foi a evolução, mesmo que pequena, da reforma agrária. Os novos acampamentos que surgem com a reforma agrária devem se adequar as leis trabalhistas e ao ECA. Se forem detectadas crianças trabalhando em acampamentos oriundos de reforma agrária, seus responsáveis serão punidos pela lei.
Diante destes fatores, em 2007 os dados estatísticos já mostravam uma significativa melhora no tocante ao trabalho infantil. A tendencia atual pode ser considerada positiva. Por mais que a reforma agrária seja um eterno impasse neste país, a agro-indústria desponta na economia destacando o Brasil como um dos maiores exportadores de alimentos do mundo. Para concorrer com a agro-indústria estrangeira a nossa deverá se aperfeiçoar cada vez mais ao mercado internacional, e para isso precisará cada vez mais de mão-de-obra especializada.
Lugar de criança é na escola. Este país nunca passou por um momento tão positivo como o atual. Temos o pré-sal para promover a verdadeira revolução educacional e fazer deste, não só o país do carnaval ou do futebol, e sim o país da educação e do futuro, mas sem analogias ao passado.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

sexta-feira, 8 de julho de 2011

A problemática do aborto no Brasil


A questão do aborto no Brasil está se tornando cada vez mais complicada. Isso ocorre devido a alguns fatores como: cultura da erotização, falha nos sistemas de educação e saúde, existência de clínicas clandestinas que praticam esse crime.
Primeiramente, a mídia televisiva promove no Brasil por meio de programas e novelas a erotização do brasileiro. Ainda existe na nossa cultura festas como o Carnaval, onde bandas com músicas e danças sensuais fazem total apologia ao sexo livre.
Atrelado a essa problemática está o falho sistema educacional brasileiro. A escola pública, devido à falta de investimentos, não consegue ensinar eficientemente às crianças a importância da prevenção na hora da prática sexual.
A saúde pública por outro lado ignora a realidade brasileira de um povo desinformado e influenciado pela cultura da erotização. Isso fulmina em milhares de jovens engravidando a todo momento e não querendo levar a gravidez adiante. Estas acabam recorrendo às clínicas clandestinas de aborto.
Todos esses fatores fazem do aborto, que deveria ser usado como forma de proteger a mãe em caso de estupro ou má formação do feto, uma prática comum no Brasil.
Diante do exposto, pode-se concluir que o aborto no Brasil é um problema cultural e se agrava com o decadente sistema público de educação e de saúde. Cabe ao governo investir na educação para que o brasileiro crie a noção da importância do sexo seguro.

terça-feira, 14 de junho de 2011

Televisão: vilã ou heroína?


A televisão é um dos meios de comunicação mais usados atualmente. Pelo seu uso ter pontos positivos e negativos, surge a pergunta: seria a tevê vilã ou heroína em nossas vidas? Para responder a essa pergunta temos que analisar as duas vertentes do problema.
Primeiramente, como pontos positivos na utilização da televisão temos: as informações do dia-dia no mundo que chegam por meio dos jornais,, o entretenimento proporcionado pelos esportes e filmes além da possibilidade de se estudar via-satélite aumentando a gama de conhecimentos do telespectador.
Por outro lado, deve-se tomar cuidado com toda a informação que chega por meio da tevê, pois as elites dominantes, adeptas de métodos neoliberais, usam a televisão como meio de alienação e aculturação da massa alterando informações e criando o ciclo vicioso da sociedade de consumo.
Outro fator negativo do uso da tevê é o fato da separação das pessoas, que antes se reuniam nas praças para discutir diversos assuntos, como problemas sociais, mas agora  se isolam em ambientes separados, cada uma assistindo a programação de seu interesse individual.
Diante do exposto pode-se afirmar que a televisão nem é vilã, nem é heroína em nossas vidas, e sim um meio de se captar informações e entretenimento, mas que deve ser usado com olhar crítico, não se deixando influenciar ou alienar com as informações distorcidas que eventualmente surgirão na programação diária. 

domingo, 29 de maio de 2011

Problemas da política brasileira


A política brasileira é considerada corrupta, oligárquica e por que não dizer, representada por neoliberais. Esses pequenos grupos dominam o país à séculos, e com o apoio da mídia perpetuam seu poder.
No que se refere à corrupção, parece que essa já se tornou algo normal para a população. Todos os dias os jornais emitem notícias sobre o assunto e nada é feito. No "ranking" mundial de corrupção o Brasil está entre os primeiros.
Existe também no Senado e na Câmara dos Deputados uma bancada ruralista formada por antigos coronéis oriundos do coronelismo que travam todas as possibilidades de ocorrer a reforma agrária.
Essa situação é agravada pois as leis constitucionais que se referem às eleições criam um sistema desigual onde, no horário eleitoral gratuito, pequenos partidos tem menos tempo para expor suas ideias do que os grandes partidos.
Todos esses fatos fulminam em um sistema político  que representa os interesses neoliberais enfraquecendo o Estado, e promovendo as desigualdades sociais.
Diante o exposto, pode se concluir que a política brasileira é falha, corrupta, não voltada aos interesses de desenvolvimento social, e sim aos interesses do capitalismo neoliberal.

sábado, 23 de abril de 2011

Os partidos políticos no sistema republicano



              A muito se fala que neste país não existe democracia. De certa forma este dito popular está correto. O Brasil é um país governado por um regime republicano, partidário e por que não dizer, segregador. Existe toda uma sistemática que impede a pluralidade ideológica no tocante à política. Em suma, uma minoria oligárquica se perpetua no tempo e no poder criando um governo voltado somente aos seus interesses.
Para entender como isso ocorre é preciso saber como funcionam os partidos políticos, afinal, são através deles que se chega ao poder. Um partido político é na teoria, uma união política formal de pessoas que tem uma mesma ideologia, e a seguindo, formam um plano para a sociedade. Pena que isso ocorra somente na teoria, pois na prática a realidade é bem diferente. Primeiro porque é preciso todo um aparato jurídico para se formar um partido político, e para se conseguir isto logicamente é necessário um alto nível educacional e organizacional destas pessoas integrantes.
Outro fator complicador no processo eleitoral do regime republicano é a necessidade de se investir capital nas propagandas políticas, pois estas, através da mídia, são um importante meio de se conquistar as massas. Logo, percebe-se que o pobre, produto da desigualdade social de uma nação capitalista, jamais conseguirá formar tal meio para se eleger e representar sua classe. Existem ainda atreladas a esse processo as alianças partidárias, que promovem uma desigualdade no tempo destinado no horário eleitoral para exposição de suas idéias. Quanto mais alianças um partido tiver, mais tempo lhe será dado para expor seus teóricos projetos, e assim, assimilar mais votos.
Sabendo desses fatos é possível concluir que apenas as elites capitalistas conseguem se organizar da forma necessária para elegerem seus representantes. Porém, ainda não foi abordado um aspecto nos partidos políticos, que é a forma como eles se apresentam em sua estruturação interna. Primeiro, pode-se dividir o partido em três grupos: O primeiro é formado por partidários comuns, ou seja, o povo de classe média que se afilia no intuito de conseguirem ascensão dentro do partido. O segundo grupo, a cúpula, é formada por uma minoria oligárquica, ou seja, a elite capitalista fundadora, e real parcela da sociedade que será beneficiada pelas ações do partido. O último grupo é formado pelos candidatos aos cargos políticos.
A relação entre os três grupos citados acima ocorre da seguinte forma: os partidários comuns não tem nenhum poder dentro do partido, eles simplesmente são manipulados de uma forma que acabam acreditando que suas votações internas realmente influenciam de alguma forma nos planos do partido. Ingênuo engano. A cúpula está acima de todas as decisões e irá escolher dentro do partido quem serão os candidatos aos cargos nas eleições. Os candidatos são pessoas especiais dentro do partido políticos. Existem fatores que determinam quem serão os candidatos, dentre eles, maior capital dentro do partido, simpatia para com a população, poder de persuasão, boa oratória etc. Muitas vezes o candidato é uma celebridade da mídia televisiva que nada entende de política, mas por ter destaque na sociedade se apresenta como uma boa opção para o partido.
Porém, caso ganhe a eleição, o candidato não terá poderes absolutos sobre o partido. Ele será o representante do mesmo, e estará diretamente subordinado às ordens da cúpula, que como sabe-se, é formada por banqueiros e grandes empresários. Ou seja, o candidato é uma mera figura ilustrativa no processo eleitoral no regime republicano. Ele funciona como uma marionete nas mãos da cúpula partidária e irá trabalhar para seus interesses.
Dessa forma, conclui-se que a democracia no sistema republicano é falha. Os partidos políticos são mais complexos do que se imaginam e formam um sistema segregador no tocante à ascensão de interessados em representar as classes sociais mais baixas. Sendo assim, o processo de geração de pobreza se perpetua na história, fulminando numa sociedade desigual e alienada, governada por oligarquias representadas por marionetes.

Qual a solução para este mundo?


O mundo passa por problemas gravíssimos atualmente. De um lado o desemprego, de outro a violência urbana e a desigualdade social, além da poluição demasiada. Estes são somente alguns dos problemas do nosso planeta, e a primeira vista não existem soluções.
A cada dia que passa temos mais e mais notícias de problemas relacionados ao desemprego. A taxa de desempregados só aumenta, e o número de empregos criados nas indústrias só diminue. Isso tudo ocorre devido as políticas de investimentos em fundos informacionais. O capital dos grandes empresários está sendo mais investido em capital especulativo do que na criação de novas empresas e indústrias. Essa política culmina no desemprego em massa e na formação de um grande exército de reserva e por que não dizer, de famintos.
Este problema causa outro por tabela, a desigualdade social. Estudos já mostram que a violência urbana não está ligada diretamente à pobreza, e sim a desigualdade social, pois o impulso de roubar surge quando o indivíduo percebe que na mesma sociedade existem pessoas convivendo com direitos materiais desiguais. Este choque causa revolta, e por isso ele parte para o assalto em busca do que lhe é negado socialmente. Hoje a desigualdade social é tão gritante no mundo que, mesmo em países que adotaram a pena de morte, não se vê a diminuição da violência urbana.
                Além destes problemas sociais ainda temos que enfrentar a problemática da poluição mundial. Este é um problema tão grave quanto os dois primeiros e a tendência é só piorar. Os países não sabem mais o que fazer com seu lixo. O Japão por exemplo está embarcando seu lixo em grandes fragatas e o jogando em fossas abissais no meio do oceano. O número de habitantes só aumenta e por tabela o montante de lixo. As indústrias que utilizam combustíveis fósseis poluem cada vez mais. As queimadas nas florestas ainda pioram o que já está péssimo, e atrelado a isso tudo está o efeito estufa.
                Sendo assim, como podemos acabar com estes problemas? A tarefa é difícil, mas não é impossível. Os dois primeiros estão diretamente ligados à desigualdade social. Um país que tem sua riqueza melhor dividida entre os habitantes sofre menos de desemprego e de violência urbana. Uma nação que investe mais em desenvolvimento de tecnologias tem uma sociedade mais culta em virtude dos investimentos em educação, por tabela, são criadas mais fábricas que empregarão o pessoal acabando com o desemprego, consequentemente, diminuindo a violência. Uma sociedade cultural surge deste raciocínio, sendo assim, a preocupação com o meio ambiente também aumenta. As fábricas surgem em meio a essa realidade, e por tabela, poluem menos.
                Como pode-se ver, existe solução para o mau que assola o mundo, basta não só vontade política de nossos governantes, mas que esta mudança que queremos surja nas ações de cada um de nós como por exemplo, cobrar por mudanças juntos aos políticos.               

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Desarmamento providencial



            Mais uma vez surge a discussão sobre o desarmamento no país. Essa discussão sempre surge quando ocorre algum fato polêmico que envolva mortes ou coisas do tipo. Porém, devemos analisar profundamente a verdadeira razão do governo em querer desarmar a população, pois, como já sabemos, o mundo da política nem sempre é tão claro como aparece na mídia de forma geral, principalmente em épocas como a atual.
            Primeiramente é preciso saber que qualquer governo em qualquer país do mundo nunca vai querer uma população armada. Isso é mais veemente em países que sofrem de graves desigualdades sociais, pois, sabe-se que a violência é ligada diretamente às desigualdades sociais, e, caso esta população queira lutar por melhorias contra o governo, esse confronto poderá ser armado.
            Logicamente esse é o fator primordial do governo não querer sua população armada. Uma população desarmada é uma população fraca, sem forças para lutar contra a opressão capitalista oriunda destes governos neo-liberais. Governos estes que, seguindo as leis maiores do capitalismo acabam por criar a divisão das classes. Mas, o Estado sabe do poder do povo, também sabe que o povo quando unido pode mudar as circunstâncias. O Estado teme o povo, e o povo precisa se fazer presente nas lutas contra a opressão capitalista, ou seja, precisa mostrar ao Estado que ele não é morto, e sim uma unidade viva, coesa, formada de seres de mentalidades independentes, porém, com ideais que visam a célebre frase estampada na nossa bandeira nacional.
            O medo do Estado é mais visível quando essa discussão ressurge na mídia, que, como sempre, faz muito bem seu papel de ludibriar os ignorantes, de tentar enganar a população menos esclarecida com argumentos dúbios de que, caso o desarmamento fosse realizado, essas tragédias poderiam ser impedidas. Ora, se em todos os casos em que ocorreram essas tragédias as armas eram ilegais, em que isso iria interferir no cidadão que tem a posse de arma legal para sua proteção, já que o Estado não consegue cumprir sua obrigação de servir a população com segurança pública de qualidade? Ao contrário do que a mídia diz, em países que existe desigualdade social (nosso caso), caso seja feita o desarmamento legal da população, isto seria somente o estopim para o mercado negro das armas crescer, afinal, os criminosos não deixarão de se armar caso as armas legais deixem de existir no país.
            Outro fator importante que devemos analisar nesse debate é o contexto histórico em que se encontra o país. Estamos em época de pleno desenvolvimento da economia. O Brasil desponta como uma futura potência petrolífera com o pré-sal. Estamos na época das Olimpíadas e da Copa do Mundo do Brasil. Este não seria o momento ideal para se lutar por justiça social? Afinal, a economia do país está crescendo, mas não está sendo feita divisão de renda como deveria. Os pilares da sociedade (educação, saúde e segurança) estão cada vez mais sucateados. Temos o eterno paradoxo econômico-social brasileiro atuando em seu ápice, e o governo sabendo disso mais uma vez ressurge com a discussão do desarmamento.
            Diante do exposto pode-se chegar a conclusão que, o governo, temendo o povo e seu poder de revolução, almeja desarmar o mesmo. Esta vontade do Estado é mais acentuada devido ao momento histórico do país, com eventos de repercussão mundial. O governo teme que sua imagem seja manchada caso ocorram revoltas nesse momento, pois isso enfraqueceria os ganhos com as Olimpíadas e com a Copa do Mundo. Por tabela, caso consiga o desarmamento, ainda terá em suas mãos uma população desguarnecida de potencial revoltoso, consequentemente, apática, mais do que já é.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

A democracia da mentira



            A democracia é um fator social extremamente desejado pela população que sabe o que ela representa, porém, infelizmente, ela nunca foi alcançada de forma definitiva em uma nação. A história é palco de diversas lutas que buscavam a democracia (vide Revolução Francesa), mas esta, tornou-se só mais um meio de manipulação da massa, que vive a ilusão de estar em uma democracia real.
            Tomemos o Brasil como exemplo, mas, levando em consideração o fato de que o capitalismo é contraditório e combinado, por isso, essa realidade se repercute por todo o mundo que vive o mesmo regime político que este país, por que não dizer, no mesmo regime econômico. Aqui vivemos um regime “democrático”, republicano. Existem eleições em determinados espaços de tempo onde, toda a população que está apta pode votar e escolher seus “representantes”. Estes representantes se dividem em: vereadores, prefeitos, deputados estaduais, deputados federais, governadores, senadores e presidente.
            Na teoria, estes “representantes” deveriam gerir o Estado da melhor forma possível, buscando o desenvolvimento da nação, sugerido até mesmo no lema “Ordem e Progresso”, que vem impresso na bandeira do país. Quando isso acontece, podemos afirmar que a democracia foi conseguida. Porém, na prática, temos outra realidade. O país afunda em escândalos envolvendo corrupção em todas as escalas do governo. Fraudes e falcatruas mancham a imagem de todos os governantes, que entram e saem do poder, não importando o partido ou a origem do mesmo. Criou-se um sistema onde os governantes criam políticas para uma determinada e minoritária classe social, e com isso, surgem as desigualdades sociais, por conseqüência, a pobreza.
            O regime “democrático” representado pelo sistema republicano é falho desde suas fundações. Este regime que surgiu para combater o absolutismo desde épocas remotas não consegue ser democrático, pois, para ser, seria necessário um modelo onde qualquer classe social pudesse eleger um representante, mas, na prática, não é isso que acontece. Na prática, temos um sistema segregador, onde apenas as altas classes sociais conseguem eleger seus representantes.
            Para entender por que esse fenômeno ocorre é preciso entender o que são os partidos políticos. Os partidos políticos são, na teoria, uma união política de pessoas de mesma ideologia que irão trabalhar juntas em um plano para a sociedade. Porém, na prática, temos outro resultado. Como estamos em um país que transborda desigualdades sociais, temos ai uma divisão de classes também no quesito conhecimento. Afinal, para se eleger é preciso estar em um partido político, e para se criar  um partido político precisa-se organizar-se em todo um complexo tramite jurídico. Aqui que ocorre a segregação das classes. O pobre, produto das diferenças sociais, fruto de uma péssima educação pública oferecida pelo Estado, não tem conhecimento jurídico para este feito, e por isso, ele é ceifado do direito de se eleger, ou de até mesmo, de criar um partido político.
            Mas esta realidade não é uma regra universal. Ainda é visível nos horários disponibilizados por lei para propaganda política nas mídias, a aparição de um ou outro candidato representando as baixas classes sociais. Porém, outra segregação ocorre neste momento, o tempo disponível para que este possa expressar seus ideais políticos é mínimo. Isso ocorre devido uma artimanha política expressa em lei, que faz com que partidos políticos “maiores”, combinados, representantes das classes sociais elitistas, e por sinal, com mais capital, tenham mais tempo para elaborarem sua propaganda política. O derramamento de capital neste momento cria uma propaganda fantasiosa, enganadora, que finda por “conquistar” os eleitores de todas as classes sociais, até mesmo das baixas classes, pois sem uma educação de qualidade, mostram-se como ignorantes políticos. Dentro desta sistemática ainda existe o papal da mídia, principalmente televisiva, que constrói um falso ideal de democracia focando a importância das eleições na forma como é feita.
Este sistema covarde, constrói um movimento circular onde uma minoria política consegue sempre se perpetuar no poder. A educação, sucateada, é usada como fonte de criação de ignorantes políticos, e as leis, indiretamente, afastam as baixas classes sociais da possibilidade de assumirem o poder através de representantes diretos. A perpetuação deste ciclo vicioso cria uma sociedade cada vez mais desigual, por conseguinte, mais violenta.
Baseado em todos esses fatos, podemos afirmar que a democracia é um sonho longe de se alcançar. O ciclo político vicioso que foi formado desde a revolução francesa, quando os burgueses conseguiram derrubar o rei absolutista e assumir o poder, é difícil de se quebrar. Este enclave na democracia se repercute em todos os países que possuem regime republicano, e que possuem graves desigualdades sociais. Quebrar esse enclave só será possível em dois casos: Primeiro, interesse das classes dominantes em se criar um país desenvolvido, e não um país de capital avançado; Segundo, as baixas classes sociais disseminarem estas informações, e lutarem em uma revolução nas leis que gerem o sistema eleitoral, criando um sistema realmente democrático, onde todos possam ser realmente representados.
Vale salientar que toda revolução tem um preço. Nenhuma classe dominante abrirá mão do seu poder, e caso o povo, ou seja, as baixas classes sociais, busque estas reformas, um grande derramamento de sangue eventualmente surgirá no confronto contra o Estado.

sábado, 2 de abril de 2011

A importância da educação

            Os pilares da sociedade são a saúde, a segurança e a educação, mas infelizmente o Brasil não está bem servido destes serviços. Isso é possível se afirmar pois é visivelmente catastrófica a situação de ambos no âmbito estatal, e por isso, é preciso que haja uma grande vontade política para mudar essa situação, principalmente no setor educacional.
            Gastar em educação é o melhor investimento que o Estado pode fazer pelo seu povo. Isso por que a educação é uma peça fundamental para o desenvolvimento humano, e por que não dizer, no desenvolvimento econômico do país. A educação é um serviço que está diretamente ligado a melhorias em todos os outros setores, vide saúde e segurança pública.
            Na saúde, podemos citar os benefícios da educação quando tratamos da prevenção de doenças. Hoje, sabe-se que o estado gasta muito mais curando doenças de pacientes do que gastaria se as prevenisse. Ou seja, com uma educação de qualidade as pessoas iriam se prevenir mais e adoecer menos, com isso, diminuiria o número de pessoas em hospitais, os riscos de infecções hospitalares e por conseguinte, os gastos públicos.
            No tocante ao desenvolvimento econômico podemos citar a qualificação profissional. Um cidadão bem formado pelo Estado estará com sua empregabilidade assegurada, com isso, estará apto a trabalhar e gerar riquezas para o país. Quanto mais desenvolvida a educação do país, mais bens de relevância econômica este produzirá, com isso, mais riquezas serão absorvidas pelo Estado.
            Esses benefícios ainda se estendem para a segurança pública. Isso ocorre quando o Estado, já com os frutos do desenvolvimento econômico oriundos dos investimentos na educação, promove a divisão de renda. Estudos recentes já comprovam que a divisão de renda é diretamente ligada à violência. Um país que tem boa divisão de renda, tende a ter menos violência.
            De posse de todos esses dados podemos afirmar que a educação é de primordial importância no desenvolvimento de uma nação, seja no lado humanístico, seja no lado econômico. Cabe ao estado promover uma valorização neste setor, pois os frutos são compensadores em todas as escalas, formando uma base sólida para o país.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Japão-Líbia, os maiores dos problemas do brasileiro?

A mídia cria em todos nós um sentimento de globalização sentimental no tocante às tragédias globais. O brasileiro tem em sua veia cultural a síndrome de ficar mais abalado com tragédias que ocorrem fora do país do que com as tragédias que ocorrem todos os dias na nossa frente. Tragédias essas que se perpetuam a séculos. Mas vamos deixar isso de lado por enquanto.

Durante toda essa semana recebemos informações do abalo sísmico que ocorreu no Japão causando até o momento cerca de 5000 mortes. Depois do carnaval e da teórica guerra na Líbia que está para ocorrer esse foi o assunto mais utilizado para esconder os problemas sociais no Brasil. Já perceberam que, sempre que ocorre esse tipo de situação a mídia brasileira esquece completamente os problemas sociais brasileiros, como por exemplo o fato dos governadores aposentados estarem ganhando agora um salário vitalício. E pra agravar isso, existem deputados e senadores que, por já terem sido governadores no passados, estão ganhando o somatório dos salários dos atuais cargos com o salário de governador.

Mas isso não importa, o que importa é que o Japão está em crise e que a Líbia tem um ditador no poder. Que eu me lembre a maioria dos países africanos também tem ditadores no poder, ditadores estes que promovem genocídios todos os meses, mas não vejo os EUA se pronunciarem contra estes feitos. Será que é porque lá não existem reservas de petróleo? Desculpem, esqueci do Japão.

Viajando na internet  descobri alguns sites que estão coletando dinheiro para fazer doações às vítimas do terremoto japonês (http://br.noticias.yahoo.com/saiba-como-fazer-doa%C3%A7%C3%A3o-%C3%A0s-v%C3%ADtimas-do-terremoto-no-jap%C3%A3o.html), mas nesse mesmo momento eu me perguntei: "Será que o Japão realmente precisa de doações, haja visto ele é a 3ª maior economia do mundo? (e como ele chegou a esse patamar)" (http://girouniversal.wordpress.com/2010/08/19/as-10-maiores-economias-do-mundo-em-2010/)
Outra indagação foi se eu me lembrava de alguma vez ter lido algum jornal ou alguma notícia informando que o Japão estava mandando algum tipo de ajuda para algum país pobre. Ou se algum país do mundo se pronunciou em ajudar o Brasil quando aqui sofremos pelas enchentes no ano passado.

Foi ai que eu percebi o que já era perceptível a muito tempo. O brasileiro se preocupa demais com o externo e esquece do principal, os problemas internos. O brasileiro ou não sabe ou faz questão de esquecer que a cada 5 minutos morre uma criança de fome aqui no nosso território (http://www.coladaweb.com/sociologia/fome-no-brasil). Sim, no tocante às guerras, aqui em um ano morreram mais de 12000 jovens por arma de fogo (http://www.coav.org.br/publique/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=1385&sid=3). E só pra dar mais um exemplo de como o brasileiro se esquece ou não sabe das coisas, aqui morrem  por ano cerca de 45000 pessoas somente de infecções hospitalares, ou seja, pelo fato de nossos hospitais não terem ambientes com a higiene ideal (http://tn.temmais.com/noticia/8/8551/45_mil_pessoas_morrem_todos_os_anos_no_brasil_em_decorrencia_de_infeccoes_hospitalares.htm). Somando todas as mortes temos nesses três casos cerca de 100000 (cem mil) mortos por ano. Mas lembrando que não temos terremotos e não estamos em uma guerra (declarada).

Ok brasileiro, sei que um texto como esse causa até de certa forma uma revolta contra o autor, mas a intenção deste não é afirmar que a situação do Japão não é importante, lógico que é. Mas, temos uma situação bem mais grave aqui no nosso país, na nossa cara, e não conseguimos resolvê-la. Devemos respeitar a situação Japão-Líbia, mas devemos nos centrar no mais importante, nos nossos mortos. 

Quando comecei  a digitar esse texto eram 2:40h da manhã, agora que vou clicar em publicar postagem são 2:47h, então morreu uma criança de fome aqui no Brasil.