A globalização é, segundo Milton Santos, fábula e perversidade. Como o mundo está mapeado o capitalismo não demorou muito para perceber o quanto os antigos impérios e as antigas ditaduras do mundo não moderno são potenciais mercados consumidores caso se adequem ao modelo "democrático" capitalista. Junto com a potencialidade petrolífera temos a desculpa perfeita para as invasões.
Primeiro foi o Iraque por meio da força unilateral dos EUA e com a desculpa "vocês tem armas químicas!" indo até mesmo contra a ONU. O mundo não aceitou essa unilateralidade americana. Parece que eles perceberam que o mundo não precisa dos EUA. Os acordos multilateriais ganharam força em todo o mundo e os EUA baixaram um pouco a cabeça e aceitaram essa nova forma de relação internacional pós Bush (é como se a ONU dissesse, saiba ser imperialista meu amigo, os tempos mudaram).
Veio então a Primavera Árabe, coincidentemente dentro dessa realidade global de necessidade de mais mercados consumidores e de mais matérias primas, vide petróleo. O alvo são os governos ditatoriais - não democráticos. Até mesmo quem já foi aliado dos EUA se torna inimigo, "precisamos instalar a democracia" gritam os rebeldes. Mas quem são esses rebeldes? Saídos do nada e tão bem armados? Aparecem rebeldes em cima de tanques de guerra em todos os lugares, armados com os mais modernos fuzís e metralhadoras. A mídia diz "é o povo clamando por democracia!". Desde quando o povo sabe o que é democracia? Por acaso a "utopia" não se instala em todos os governos de formas diferentes (futebol em alguns, em outros basquete, em outros religião etc.). Foi preciso alguém se infiltrar nesses territórios e explicar o que é democracia (pelo viés da burguesia) e como se usam as armas modernas emprestadas - claro.
Essa é a resposta que nunca será aceita nos vestibulares atuais (quem sabe daqui a uns 10 a 20 anos): A primavera Árabe é uma nova forma de imperialismo, é um novo colonialismo (assim como o tradicional) e o neocolonialismo pré guerras mundiais. A ONU é uma instituição hipócrita fomentadora da "democracia" e por seguinte, da sustentação do espaço para a implantação da globalização perversa e do capitalismo informacional. O povo árabe (rebeldes), assim como na Revolução Francesa se armou para cavar a própria cova. A mesma ajuda indireta fornecida pelos EUA nas guerras paralelas ocorridas no período conhecido como Guerra Fria está ocorrendo novamente, sempre de forma infiltrada e sorrateira.
A discussão aqui não é apoiar os regimes ditatoriais que lá existem, e sim avisar ao mundo dessa nova forma perversa de expansão do capitalismo. As ditaduras devem ruir, a democracia deve surgir, mas não essa democracia capitalista. A democracia que queremos é uma democracia onde o povo governe não a burguesia. Que o povo possa intervir com mais força nas ações do governo, que os políticos corruptos sejam condenados exemplarmente, que a renda seja dividida de forma equânime e que os direitos sociais sejam fomentados ao extremo. O que queremos é uma nova globalização (Milton Santos) e quem sabe, um mundo mais justo e melhor de se viver.
Primeiro foi o Iraque por meio da força unilateral dos EUA e com a desculpa "vocês tem armas químicas!" indo até mesmo contra a ONU. O mundo não aceitou essa unilateralidade americana. Parece que eles perceberam que o mundo não precisa dos EUA. Os acordos multilateriais ganharam força em todo o mundo e os EUA baixaram um pouco a cabeça e aceitaram essa nova forma de relação internacional pós Bush (é como se a ONU dissesse, saiba ser imperialista meu amigo, os tempos mudaram).
Veio então a Primavera Árabe, coincidentemente dentro dessa realidade global de necessidade de mais mercados consumidores e de mais matérias primas, vide petróleo. O alvo são os governos ditatoriais - não democráticos. Até mesmo quem já foi aliado dos EUA se torna inimigo, "precisamos instalar a democracia" gritam os rebeldes. Mas quem são esses rebeldes? Saídos do nada e tão bem armados? Aparecem rebeldes em cima de tanques de guerra em todos os lugares, armados com os mais modernos fuzís e metralhadoras. A mídia diz "é o povo clamando por democracia!". Desde quando o povo sabe o que é democracia? Por acaso a "utopia" não se instala em todos os governos de formas diferentes (futebol em alguns, em outros basquete, em outros religião etc.). Foi preciso alguém se infiltrar nesses territórios e explicar o que é democracia (pelo viés da burguesia) e como se usam as armas modernas emprestadas - claro.
Essa é a resposta que nunca será aceita nos vestibulares atuais (quem sabe daqui a uns 10 a 20 anos): A primavera Árabe é uma nova forma de imperialismo, é um novo colonialismo (assim como o tradicional) e o neocolonialismo pré guerras mundiais. A ONU é uma instituição hipócrita fomentadora da "democracia" e por seguinte, da sustentação do espaço para a implantação da globalização perversa e do capitalismo informacional. O povo árabe (rebeldes), assim como na Revolução Francesa se armou para cavar a própria cova. A mesma ajuda indireta fornecida pelos EUA nas guerras paralelas ocorridas no período conhecido como Guerra Fria está ocorrendo novamente, sempre de forma infiltrada e sorrateira.
A discussão aqui não é apoiar os regimes ditatoriais que lá existem, e sim avisar ao mundo dessa nova forma perversa de expansão do capitalismo. As ditaduras devem ruir, a democracia deve surgir, mas não essa democracia capitalista. A democracia que queremos é uma democracia onde o povo governe não a burguesia. Que o povo possa intervir com mais força nas ações do governo, que os políticos corruptos sejam condenados exemplarmente, que a renda seja dividida de forma equânime e que os direitos sociais sejam fomentados ao extremo. O que queremos é uma nova globalização (Milton Santos) e quem sabe, um mundo mais justo e melhor de se viver.
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