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sábado, 23 de abril de 2011

Os partidos políticos no sistema republicano



              A muito se fala que neste país não existe democracia. De certa forma este dito popular está correto. O Brasil é um país governado por um regime republicano, partidário e por que não dizer, segregador. Existe toda uma sistemática que impede a pluralidade ideológica no tocante à política. Em suma, uma minoria oligárquica se perpetua no tempo e no poder criando um governo voltado somente aos seus interesses.
Para entender como isso ocorre é preciso saber como funcionam os partidos políticos, afinal, são através deles que se chega ao poder. Um partido político é na teoria, uma união política formal de pessoas que tem uma mesma ideologia, e a seguindo, formam um plano para a sociedade. Pena que isso ocorra somente na teoria, pois na prática a realidade é bem diferente. Primeiro porque é preciso todo um aparato jurídico para se formar um partido político, e para se conseguir isto logicamente é necessário um alto nível educacional e organizacional destas pessoas integrantes.
Outro fator complicador no processo eleitoral do regime republicano é a necessidade de se investir capital nas propagandas políticas, pois estas, através da mídia, são um importante meio de se conquistar as massas. Logo, percebe-se que o pobre, produto da desigualdade social de uma nação capitalista, jamais conseguirá formar tal meio para se eleger e representar sua classe. Existem ainda atreladas a esse processo as alianças partidárias, que promovem uma desigualdade no tempo destinado no horário eleitoral para exposição de suas idéias. Quanto mais alianças um partido tiver, mais tempo lhe será dado para expor seus teóricos projetos, e assim, assimilar mais votos.
Sabendo desses fatos é possível concluir que apenas as elites capitalistas conseguem se organizar da forma necessária para elegerem seus representantes. Porém, ainda não foi abordado um aspecto nos partidos políticos, que é a forma como eles se apresentam em sua estruturação interna. Primeiro, pode-se dividir o partido em três grupos: O primeiro é formado por partidários comuns, ou seja, o povo de classe média que se afilia no intuito de conseguirem ascensão dentro do partido. O segundo grupo, a cúpula, é formada por uma minoria oligárquica, ou seja, a elite capitalista fundadora, e real parcela da sociedade que será beneficiada pelas ações do partido. O último grupo é formado pelos candidatos aos cargos políticos.
A relação entre os três grupos citados acima ocorre da seguinte forma: os partidários comuns não tem nenhum poder dentro do partido, eles simplesmente são manipulados de uma forma que acabam acreditando que suas votações internas realmente influenciam de alguma forma nos planos do partido. Ingênuo engano. A cúpula está acima de todas as decisões e irá escolher dentro do partido quem serão os candidatos aos cargos nas eleições. Os candidatos são pessoas especiais dentro do partido políticos. Existem fatores que determinam quem serão os candidatos, dentre eles, maior capital dentro do partido, simpatia para com a população, poder de persuasão, boa oratória etc. Muitas vezes o candidato é uma celebridade da mídia televisiva que nada entende de política, mas por ter destaque na sociedade se apresenta como uma boa opção para o partido.
Porém, caso ganhe a eleição, o candidato não terá poderes absolutos sobre o partido. Ele será o representante do mesmo, e estará diretamente subordinado às ordens da cúpula, que como sabe-se, é formada por banqueiros e grandes empresários. Ou seja, o candidato é uma mera figura ilustrativa no processo eleitoral no regime republicano. Ele funciona como uma marionete nas mãos da cúpula partidária e irá trabalhar para seus interesses.
Dessa forma, conclui-se que a democracia no sistema republicano é falha. Os partidos políticos são mais complexos do que se imaginam e formam um sistema segregador no tocante à ascensão de interessados em representar as classes sociais mais baixas. Sendo assim, o processo de geração de pobreza se perpetua na história, fulminando numa sociedade desigual e alienada, governada por oligarquias representadas por marionetes.

Qual a solução para este mundo?


O mundo passa por problemas gravíssimos atualmente. De um lado o desemprego, de outro a violência urbana e a desigualdade social, além da poluição demasiada. Estes são somente alguns dos problemas do nosso planeta, e a primeira vista não existem soluções.
A cada dia que passa temos mais e mais notícias de problemas relacionados ao desemprego. A taxa de desempregados só aumenta, e o número de empregos criados nas indústrias só diminue. Isso tudo ocorre devido as políticas de investimentos em fundos informacionais. O capital dos grandes empresários está sendo mais investido em capital especulativo do que na criação de novas empresas e indústrias. Essa política culmina no desemprego em massa e na formação de um grande exército de reserva e por que não dizer, de famintos.
Este problema causa outro por tabela, a desigualdade social. Estudos já mostram que a violência urbana não está ligada diretamente à pobreza, e sim a desigualdade social, pois o impulso de roubar surge quando o indivíduo percebe que na mesma sociedade existem pessoas convivendo com direitos materiais desiguais. Este choque causa revolta, e por isso ele parte para o assalto em busca do que lhe é negado socialmente. Hoje a desigualdade social é tão gritante no mundo que, mesmo em países que adotaram a pena de morte, não se vê a diminuição da violência urbana.
                Além destes problemas sociais ainda temos que enfrentar a problemática da poluição mundial. Este é um problema tão grave quanto os dois primeiros e a tendência é só piorar. Os países não sabem mais o que fazer com seu lixo. O Japão por exemplo está embarcando seu lixo em grandes fragatas e o jogando em fossas abissais no meio do oceano. O número de habitantes só aumenta e por tabela o montante de lixo. As indústrias que utilizam combustíveis fósseis poluem cada vez mais. As queimadas nas florestas ainda pioram o que já está péssimo, e atrelado a isso tudo está o efeito estufa.
                Sendo assim, como podemos acabar com estes problemas? A tarefa é difícil, mas não é impossível. Os dois primeiros estão diretamente ligados à desigualdade social. Um país que tem sua riqueza melhor dividida entre os habitantes sofre menos de desemprego e de violência urbana. Uma nação que investe mais em desenvolvimento de tecnologias tem uma sociedade mais culta em virtude dos investimentos em educação, por tabela, são criadas mais fábricas que empregarão o pessoal acabando com o desemprego, consequentemente, diminuindo a violência. Uma sociedade cultural surge deste raciocínio, sendo assim, a preocupação com o meio ambiente também aumenta. As fábricas surgem em meio a essa realidade, e por tabela, poluem menos.
                Como pode-se ver, existe solução para o mau que assola o mundo, basta não só vontade política de nossos governantes, mas que esta mudança que queremos surja nas ações de cada um de nós como por exemplo, cobrar por mudanças juntos aos políticos.               

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Desarmamento providencial



            Mais uma vez surge a discussão sobre o desarmamento no país. Essa discussão sempre surge quando ocorre algum fato polêmico que envolva mortes ou coisas do tipo. Porém, devemos analisar profundamente a verdadeira razão do governo em querer desarmar a população, pois, como já sabemos, o mundo da política nem sempre é tão claro como aparece na mídia de forma geral, principalmente em épocas como a atual.
            Primeiramente é preciso saber que qualquer governo em qualquer país do mundo nunca vai querer uma população armada. Isso é mais veemente em países que sofrem de graves desigualdades sociais, pois, sabe-se que a violência é ligada diretamente às desigualdades sociais, e, caso esta população queira lutar por melhorias contra o governo, esse confronto poderá ser armado.
            Logicamente esse é o fator primordial do governo não querer sua população armada. Uma população desarmada é uma população fraca, sem forças para lutar contra a opressão capitalista oriunda destes governos neo-liberais. Governos estes que, seguindo as leis maiores do capitalismo acabam por criar a divisão das classes. Mas, o Estado sabe do poder do povo, também sabe que o povo quando unido pode mudar as circunstâncias. O Estado teme o povo, e o povo precisa se fazer presente nas lutas contra a opressão capitalista, ou seja, precisa mostrar ao Estado que ele não é morto, e sim uma unidade viva, coesa, formada de seres de mentalidades independentes, porém, com ideais que visam a célebre frase estampada na nossa bandeira nacional.
            O medo do Estado é mais visível quando essa discussão ressurge na mídia, que, como sempre, faz muito bem seu papel de ludibriar os ignorantes, de tentar enganar a população menos esclarecida com argumentos dúbios de que, caso o desarmamento fosse realizado, essas tragédias poderiam ser impedidas. Ora, se em todos os casos em que ocorreram essas tragédias as armas eram ilegais, em que isso iria interferir no cidadão que tem a posse de arma legal para sua proteção, já que o Estado não consegue cumprir sua obrigação de servir a população com segurança pública de qualidade? Ao contrário do que a mídia diz, em países que existe desigualdade social (nosso caso), caso seja feita o desarmamento legal da população, isto seria somente o estopim para o mercado negro das armas crescer, afinal, os criminosos não deixarão de se armar caso as armas legais deixem de existir no país.
            Outro fator importante que devemos analisar nesse debate é o contexto histórico em que se encontra o país. Estamos em época de pleno desenvolvimento da economia. O Brasil desponta como uma futura potência petrolífera com o pré-sal. Estamos na época das Olimpíadas e da Copa do Mundo do Brasil. Este não seria o momento ideal para se lutar por justiça social? Afinal, a economia do país está crescendo, mas não está sendo feita divisão de renda como deveria. Os pilares da sociedade (educação, saúde e segurança) estão cada vez mais sucateados. Temos o eterno paradoxo econômico-social brasileiro atuando em seu ápice, e o governo sabendo disso mais uma vez ressurge com a discussão do desarmamento.
            Diante do exposto pode-se chegar a conclusão que, o governo, temendo o povo e seu poder de revolução, almeja desarmar o mesmo. Esta vontade do Estado é mais acentuada devido ao momento histórico do país, com eventos de repercussão mundial. O governo teme que sua imagem seja manchada caso ocorram revoltas nesse momento, pois isso enfraqueceria os ganhos com as Olimpíadas e com a Copa do Mundo. Por tabela, caso consiga o desarmamento, ainda terá em suas mãos uma população desguarnecida de potencial revoltoso, consequentemente, apática, mais do que já é.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

A democracia da mentira



            A democracia é um fator social extremamente desejado pela população que sabe o que ela representa, porém, infelizmente, ela nunca foi alcançada de forma definitiva em uma nação. A história é palco de diversas lutas que buscavam a democracia (vide Revolução Francesa), mas esta, tornou-se só mais um meio de manipulação da massa, que vive a ilusão de estar em uma democracia real.
            Tomemos o Brasil como exemplo, mas, levando em consideração o fato de que o capitalismo é contraditório e combinado, por isso, essa realidade se repercute por todo o mundo que vive o mesmo regime político que este país, por que não dizer, no mesmo regime econômico. Aqui vivemos um regime “democrático”, republicano. Existem eleições em determinados espaços de tempo onde, toda a população que está apta pode votar e escolher seus “representantes”. Estes representantes se dividem em: vereadores, prefeitos, deputados estaduais, deputados federais, governadores, senadores e presidente.
            Na teoria, estes “representantes” deveriam gerir o Estado da melhor forma possível, buscando o desenvolvimento da nação, sugerido até mesmo no lema “Ordem e Progresso”, que vem impresso na bandeira do país. Quando isso acontece, podemos afirmar que a democracia foi conseguida. Porém, na prática, temos outra realidade. O país afunda em escândalos envolvendo corrupção em todas as escalas do governo. Fraudes e falcatruas mancham a imagem de todos os governantes, que entram e saem do poder, não importando o partido ou a origem do mesmo. Criou-se um sistema onde os governantes criam políticas para uma determinada e minoritária classe social, e com isso, surgem as desigualdades sociais, por conseqüência, a pobreza.
            O regime “democrático” representado pelo sistema republicano é falho desde suas fundações. Este regime que surgiu para combater o absolutismo desde épocas remotas não consegue ser democrático, pois, para ser, seria necessário um modelo onde qualquer classe social pudesse eleger um representante, mas, na prática, não é isso que acontece. Na prática, temos um sistema segregador, onde apenas as altas classes sociais conseguem eleger seus representantes.
            Para entender por que esse fenômeno ocorre é preciso entender o que são os partidos políticos. Os partidos políticos são, na teoria, uma união política de pessoas de mesma ideologia que irão trabalhar juntas em um plano para a sociedade. Porém, na prática, temos outro resultado. Como estamos em um país que transborda desigualdades sociais, temos ai uma divisão de classes também no quesito conhecimento. Afinal, para se eleger é preciso estar em um partido político, e para se criar  um partido político precisa-se organizar-se em todo um complexo tramite jurídico. Aqui que ocorre a segregação das classes. O pobre, produto das diferenças sociais, fruto de uma péssima educação pública oferecida pelo Estado, não tem conhecimento jurídico para este feito, e por isso, ele é ceifado do direito de se eleger, ou de até mesmo, de criar um partido político.
            Mas esta realidade não é uma regra universal. Ainda é visível nos horários disponibilizados por lei para propaganda política nas mídias, a aparição de um ou outro candidato representando as baixas classes sociais. Porém, outra segregação ocorre neste momento, o tempo disponível para que este possa expressar seus ideais políticos é mínimo. Isso ocorre devido uma artimanha política expressa em lei, que faz com que partidos políticos “maiores”, combinados, representantes das classes sociais elitistas, e por sinal, com mais capital, tenham mais tempo para elaborarem sua propaganda política. O derramamento de capital neste momento cria uma propaganda fantasiosa, enganadora, que finda por “conquistar” os eleitores de todas as classes sociais, até mesmo das baixas classes, pois sem uma educação de qualidade, mostram-se como ignorantes políticos. Dentro desta sistemática ainda existe o papal da mídia, principalmente televisiva, que constrói um falso ideal de democracia focando a importância das eleições na forma como é feita.
Este sistema covarde, constrói um movimento circular onde uma minoria política consegue sempre se perpetuar no poder. A educação, sucateada, é usada como fonte de criação de ignorantes políticos, e as leis, indiretamente, afastam as baixas classes sociais da possibilidade de assumirem o poder através de representantes diretos. A perpetuação deste ciclo vicioso cria uma sociedade cada vez mais desigual, por conseguinte, mais violenta.
Baseado em todos esses fatos, podemos afirmar que a democracia é um sonho longe de se alcançar. O ciclo político vicioso que foi formado desde a revolução francesa, quando os burgueses conseguiram derrubar o rei absolutista e assumir o poder, é difícil de se quebrar. Este enclave na democracia se repercute em todos os países que possuem regime republicano, e que possuem graves desigualdades sociais. Quebrar esse enclave só será possível em dois casos: Primeiro, interesse das classes dominantes em se criar um país desenvolvido, e não um país de capital avançado; Segundo, as baixas classes sociais disseminarem estas informações, e lutarem em uma revolução nas leis que gerem o sistema eleitoral, criando um sistema realmente democrático, onde todos possam ser realmente representados.
Vale salientar que toda revolução tem um preço. Nenhuma classe dominante abrirá mão do seu poder, e caso o povo, ou seja, as baixas classes sociais, busque estas reformas, um grande derramamento de sangue eventualmente surgirá no confronto contra o Estado.

sábado, 2 de abril de 2011

A importância da educação

            Os pilares da sociedade são a saúde, a segurança e a educação, mas infelizmente o Brasil não está bem servido destes serviços. Isso é possível se afirmar pois é visivelmente catastrófica a situação de ambos no âmbito estatal, e por isso, é preciso que haja uma grande vontade política para mudar essa situação, principalmente no setor educacional.
            Gastar em educação é o melhor investimento que o Estado pode fazer pelo seu povo. Isso por que a educação é uma peça fundamental para o desenvolvimento humano, e por que não dizer, no desenvolvimento econômico do país. A educação é um serviço que está diretamente ligado a melhorias em todos os outros setores, vide saúde e segurança pública.
            Na saúde, podemos citar os benefícios da educação quando tratamos da prevenção de doenças. Hoje, sabe-se que o estado gasta muito mais curando doenças de pacientes do que gastaria se as prevenisse. Ou seja, com uma educação de qualidade as pessoas iriam se prevenir mais e adoecer menos, com isso, diminuiria o número de pessoas em hospitais, os riscos de infecções hospitalares e por conseguinte, os gastos públicos.
            No tocante ao desenvolvimento econômico podemos citar a qualificação profissional. Um cidadão bem formado pelo Estado estará com sua empregabilidade assegurada, com isso, estará apto a trabalhar e gerar riquezas para o país. Quanto mais desenvolvida a educação do país, mais bens de relevância econômica este produzirá, com isso, mais riquezas serão absorvidas pelo Estado.
            Esses benefícios ainda se estendem para a segurança pública. Isso ocorre quando o Estado, já com os frutos do desenvolvimento econômico oriundos dos investimentos na educação, promove a divisão de renda. Estudos recentes já comprovam que a divisão de renda é diretamente ligada à violência. Um país que tem boa divisão de renda, tende a ter menos violência.
            De posse de todos esses dados podemos afirmar que a educação é de primordial importância no desenvolvimento de uma nação, seja no lado humanístico, seja no lado econômico. Cabe ao estado promover uma valorização neste setor, pois os frutos são compensadores em todas as escalas, formando uma base sólida para o país.