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quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

As barreiras invisíveis entre as classes sociais

Em agosto de 2000 um grupo de manifestantes organizou uma ocupação em um grande shopping da zona sul carioca. O episódio acabou tendo uma grande repercussão na imprensa nacional e até hoje é discutido por alguns teóricos. Com a força das redes sociais, o tema ganhou um enorme destaque nos dias atuais.



Conhecido como "rolezinhos", os encontros de adolescentes dentro de shoppings fizeram com que os lojistas encerrassem o expediente algumas horas mais cedo, pois o que seria para ser apenas um simples passeio, transformou-se em uma manifestação, ou seja, uma espécie de luta pelos direitos humanos. A polêmica toda está sendo causada devido à restrição de acesso ao estigmatizar grupos sociais.
Diante deste cenário com ascensão da nova classe média, o documentário chamado "Hiato" produzido pela Gume Filmes ajuda a embasar o momento econômico do país, mostrando essa imagem de desigualdade, além de criar também um verdadeiro dilema em escolher entre liberdade e segurança, pois com base no psicanalista Sigmund Freud: a civilização é sempre uma troca, ao escolher a liberdade, é preciso abrir mão de certa segurança, ao escolher a segurança, é preciso abrir mão de certa liberdade.
No documentário a professora de comunicação social, Ivana Bentes, em entrevista faz uma reflexão: "Por que eu tenho que me vestir de certa maneira para ir ao shopping? Onde estaria escrito essas regras invisíveis?". E então, se pergunta: Onde ficam os direitos humanos básicos de todos os seres humanos?

 

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